TERÇA-FEIRA, 27 DE MAIOCINE-TEATRO AVENIDA, 21H30
O Convento de Manoel de Oliveira
Nota de Intenções:
«Pediram-me para fazer uma nota de intenções, apesar de eu não ter partido com nenhum objectivo específico para a realização de "O Convento". No entanto, há uma coisa que posso dizer e que penso que completa a atmosfera geral deste filme. A Agustina Bessa-Luís contou-me, um dia, ao telefone a história que lhe serviu de inspiração, acrescentando que no fim o casal deveria regressar a Paris e continuar a sua vida normal.
Perguntei-me o que quereria ela dizer com "vida normal". O que é uma vida normal? E cheguei à seguinte conclusão: a vida é regulada por forças opostas, isto é, o Bem, ou seja Deus, e o Mal que se manifesta na forma do Diabo. Como não podemos viver as nossas vidas sem mal, a menos que estejamos dispostos a desistir dos nossos interesses mundanos, uma vida normal não deve ser mais do que aquela em que as duas forças opostas estão equilibradas, numa simbiose perfeita ou ideal.»
Manoel de Oliveira
«É um filme magnificamente diabólico»Vasco Câmara, Público
«O grande acontecimento, a meu ver, deste último festival de Cannes terá sido o Convento de Manoel de Oliveira (...) que é um cineasta senão um exorcista diabólico?»Bernard Henry-Levy, Público
«O Convento representa um salto qualitativo em relação aos títulos mais recentes de Oliveira. Devolvendo-nos um cineasta, que se afirma um mestre da montagem e das suas potencialidades fantásticas»João Lopes, Expresso
«Provocador e moralista, octogenário maliciosamente juvenil e profundamente inquieto, Manoel de Oliveira, fez um filme mágico e perturbante.»Jean Michel Frodon, Le Monde
«Um filme crepuscular e telúrico de Manoel de Oliveira»Gérard Lefort, Libération
«Uma comédia esotérica sem equivalente no cinema contemporâneo»T. J., Cahiers du Cinema
«O mais acessível filme de Manoel de Oliveira.»Deborah Young, Variety
«Cheio de ironia, sarcasmo e subterrâneo sentido de humor»C.F.H., Diário 16
«O Convento é um filme bonito de elegante retórica visual»Angel Fernandez-Santos, El País
«Imersos na luz encantada de Mário Barroso, o quarteto dos protagonistas segue na perfeição uma partitura impecável. Oliveira é sempre um mestre de estilo»Catherine Deneuve, Il Manifesto
Sem comentários:
Enviar um comentário